Seu perfume a exalar
Seduziu-me sagazmente
Rosa linda, encarnada
À beira sobrevivente.
Solitária junto aos seus
Periférica à avenida
Onde tantos transeuntes
Passam rente, ida e vinda.
Serena à luz cotidiana
Sensata à clareira noturna
Onde tantos andarilhos
Passam alheios à sua figura.
Vez ou outra, no repente
Uma visita surge alada
A abelha que faz mel
Borboletinha colorada,
Um besouro ou joaninha
Sem um fixo endereço
Pernoitam dentro de ti
Encontram o aconchego.
Por acaso, repente a vi
Repousada, circunflexa
Tendo o vento a acariciá-la
Beijando-a pétala a pétala.
Ora não temendo a morte
Por certo desconhecê-la
Não há empecilho algum
Que venha a aborrecê-la.
Pois é flor, e assim sendo,
Em ciclos, renova-se e persevera
Minguante ao frio invernal
Retumbante na primavera.
por Júnio Liberato
Respostas de 2
Um poema maravilhoso como sempre,
Desejo-te cada vez mais sucesso. Abraços de carinho.
Gratidão <3