Amar necessita ser paciente
Vez ou outra, decidido nadar,
Vez em quando, seguir a corrente
Deixar que o tempo dê sentença:
Do que é casual; do que é mais urgente.
Sem a pressa de vê-lo transbordar,
Amor em si, é vazio recipiente
Que pouco a pouco vai se enchendo
No compasso letárgico de um gotejar.
Quem ama é quase um todo discente
Feito uma classe, espécie de mobral
Compenetrado a ouvir, aprendiz incipiente
Gasta-se, logo, tempo para tal;
Às cegas é loucura; repentino, anormal
Haja vista amor deve ser algo recorrente,
Antes, maduro; concreto e singular
Para que possa em suma, conjugar-se no plural.
por Júnio Liberato