A vida trafega em corda bamba
Qualquer vento logo a derruba;
Cada dia é uma viagem
Uma supresa em cada curva
Ser forte é estar de joelhos
Com a fé intacta e absoluta.
A vida é tão frágil
Tão austera
Quanto a seda,
Quanto o linho.
Como algodão em cachos
Feito um jarro tão antigo;
Basta apenas um esbarrar
Para que se quebre em pedacinhos.
Pedacinhos de memória
Cada lágrima uma saudade
Não há cola que dê jeito
Nem artesão que o repare,
É a vista que se vive
Não há carnês, não há vale.
por Júnio Liberato