Depois de tanta tempestade,
A soprar minhas convicções
Estou jogando a toalha
As sungas; pranchas; calções.
Depois de tantas recaídas
Em tentativas arquivadas
Simplesmente atiro ao léu
Este farrapo que me ampara.
A qualquer lado; à revelia
Sem importância que me valha
Velha companheira de guerra
Atiro aos lobos minha toalha.
Com os pulsos já exaustos
Estou jogando a toalha,
Depois de tanto me secar,
Gota a gota, suor e lágrima.
Abrindo mão a toda pompa
Deste estanque romantismo
Em total cárcere privado
Cristalizou-se todo lirismo.
Nunca jorrou feito uma fonte
Tendo noutro seu fiel abrigo
Coração genuíno que se sustenta
Em cordas bambas no abismo.
por Júnio Liberato
Uma resposta
Bom dia querido amigo!
Lindo poema! Mas por que jogar a toalha. Ainda é cedo para isso.
Beijos no coração.