Amuleto da Sorte

Quase sempre sou assim:
Pensamento fixo no pior,
O mais provável de acontecer
E a decepção será(?) menor.

Talvez por experiência,
Talvez, por desalento
Passei a ser mais pé no chão
Ao invés de bailar solto no vento.

Nem por isso sou gato preto
Bola treze, ou sexta feira;
Também não creio em destino
Bingo, rifa ou coisa feita.

Nem em trevo, e não me atrevo:
Pé de coelho ou amuleto da sorte;
Apenas formas de apaziguar o espírito
Que por desespero, padece, morre.

Não sinto vergonha,
Tenho cicatrizes de prova
E apesar da pouca idade
Não me digo pessimista,
mas sim realista,
com uma dose de incredulidade.

por Júnio Liberato

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