Abuso

Os pseudofrutos do amor
São aqueles cuidados herméticos:
O controle do que deves vestir
A regulação dos seus gostos ecléticos;
E assim vai sendo forjada a prisão
Da qual sair é deveras complexo.

Logo em seguida, a alma é açoitada
E eis que mapeado é o seu corpo;
O coração destruído aos pedaços
Pela pele espalhados, marcadores roxos,
Que matam sem fazer uso da morte
Ceifando o sorriso da alma e do rosto.

por Júnio Liberato

Compartilhe esse post:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Relacionados

Deus se revela através da sua criação, das criaturas e das mais inesperadas situações que nos vêm, por vezes, de forma pedagógica.
Não há como explicar a saudade, o tempo a dissipa mas não dizima; afugenta, mas não extingue; leva, mas não consome.