Marujo

Quando eu chorar em silêncio
No escuro de um canto qualquer
Esqueça que estou aqui,

Melhor deixar invadir
Meu árido peito deserto
Por esse turbilhão

E se eu demorar a surgir
E erguido passar ao portão
Não volte para me buscar

De certo estarei ilhado
Submerso, talvez afogado
Nas águas dessa emoção,

É que meu coração é como um navio
Não sou capitão, sou só um menino
Sem um norte para navegar.

É que a saudade é um trem veloz
Sem controle, sem rumo, sem voz
Em que estação irá parar?

por Júnio Liberato

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