Memórias

Mesmo que a morte venha,
Como negras nuvens de chuva,
Trazendo escuridão,
onde antes havia luz,

Na tentativa de separar
dois ou mais corações,
Fazendo-me refletir
Sobre a nossa insignificância,
e a fragilidade da vida,
Que é tão finita,
e que mesmo assim,
Insistimos em colecionar espinhos,
ao invés de cultivar flores…

Ainda assim, tento driblar a saudade
buscando mil e uma formas
de matar a vontade,
de te ver, te abraçar uma vez mais…
E em minhas memórias,
mergulho em busca de refúgio.

E penso então, que para mim,
você não morreu,
Estará para sempre comigo,
Guardada em minha mente,
Como alguém que guarda
as cartas do primeiro amor,
Ou a lembrança do primeiro beijo,
Porém, eu trocaria tudo isso,
Por mais um minuto ao seu lado.

Já que não é possível
negociar com a morte,
Preciso cotidianamente
minha dor aliviar.
E enquanto eu viver,
Você também viverá
Todos os dias em meu pensamento.

por Júnio Liberato

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