Voe

Abra bem seus olhos,
Se acaso cego não for
Você que foi atingido,
Por um duro golpe de amor.

Voe para outra direção
Se porventura tiver asas
Vá e recomece
Mas deixem ficar as bagagens e as malas.

Dome seus instintos e emoções
Pois desejos são como armas
Disparando ao acaso na escuridão.

Feridas são como asas.
Asas, como gatilhos
Gatilhos são como pensamentos,
Se apertados, logo alguém é atingido.

Abra bem os ouvidos
E ouça, se por acaso surdo não for
O grito silenciado dos medos presentes
Que num breve passado você já vivenciou.

por Júnio Liberato

Compartilhe esse post:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Relacionados

Deus se revela através da sua criação, das criaturas e das mais inesperadas situações que nos vêm, por vezes, de forma pedagógica.
Não há como explicar a saudade, o tempo a dissipa mas não dizima; afugenta, mas não extingue; leva, mas não consome.